Eu não gosto da chuva fraca, assim como não gosto do sol atrás das nuvens. Eu gosto do que é intenso, do que é severo, do quase insuportável. Se chover, que os raios ensurdeçam e a chuva alague. Se fizer sol... que queime, que derreta, que exploda, que seque tudo. Mas que não deixe só fumaça pairando no ar.
E se você me ver na beira do abismo mais alto, não me peça pra ficar, porque eu vou pular. E eu não quero te encontrar lá embaixo, quero te pegar pelo braço e te puxar em queda livre. Eu não fui feita pra quebrar. Fiz parte de muitas histórias e cada uma delas me deixou um pedaço pra carregar. Meu corpo foi confeccionado de pequenas partes de inúmeros tipos diferentes de materiais, mas, com certeza, nenhum deles é o vidro. E se nisso tudo houver um acidente, que seja grave. E que machuque, arranhe, deixe cicatriz... porque não sentir nada é a definição de frustração.
Se você quiser causar alterações na minha respiração: que me sufoque, que me afogue, me apavore, que me deixe completamente sem ar... mas não me instrua a inspirar e expirar, porque tomar ar só faz sentido se for pra descoordenar e desarrumar o que se pode considerar padrão.
Tenho vinte e poucos anos, mas, se eu quiser, sei começar do zero, assim como aprendi lições que levariam uns oitenta anos pra serem assimiladas. E nenhuma dessas lições, até hoje, me ensinou a gostar do "tanto faz", tampouco do "mais ou menos". Eu só admito a existência do extremo. É preciso abalar isso tudo. Só aceito doses absurdas de desordem... pra que todos os dias normais façam algum sentido.
Porque esse texto, me define!!!!
*Autor desconhecido.
Mega Beijo!
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