Quando o Pedro nasceu, ele teve que ficar internado na UTI-NEONATAL, (ele nasceu com hidrocefalia), cheguei á conclusão que mães de UTI são escolhidas a dedo, não que seja um prêmio, longe disso, mas é algo diferente.
Precisamos encontrar otimismo, força, disposição, alto astral...tudo isso logo após a cesárea, que por mais simplês que seja, ainda é uma cirurgia que requer cuidados.
O primeiro momento na UTI é um impacto. Você espera o dia todo, até passar o efeito da anestesia para conhecer seu filho. Levanta com dor, mas tem que suportar, é a única forma de vê-lo. De repente, chega em uma sala com diversos aparelhos e todos aqueles apitos e barulhos que nos traumatizam.
Quando se aproxima mais, tem o seu primeiro contato com o bebê, separado por um acrílico que o protege do mundo aqui fora. É um misto de sentimentos. Ao mesmo tempo que ficamos felizes de conhecer o nosso filho, bate uma dor por dentro, por não poder tocá-lo direito, pegar no colo, amamentar...Ficamos ligadas em todos os monitores e nos assustamos com qualquer apito.
Depois de alguns dias, nos acostumamos com esse novo mundo e vivemos um dia após o outro. Contamos os gramas que ele engorda, os mls que conseguimos tirar de leite, os resultados dos exames e dividimos a nossas histórias umas com as outras.
Alguns dias são mais fáceis, outras nem tanto, mas a satisfação de vê-lo ali evoluindo, e com forças para viver, nos ajuda a enfrentar tudo e todos para acompanhá-lo nessa etapa e levá-lo pra casa o quanto antes.
essa é realmente uma missão!
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