Há meses eu venho pensando no orgulho que sinto ao ver o Pedro Henrique deste tamanho, e que isto é um modo de amar...
Mãe não é aquela que gera uma criança e deixa-a vir no mundo, pois pelo que vivi até agora, posso dizer que a gravidez é a parte mais fácil, desta longa jornada denominada MATERNIDADE.
Pra mim:
* Mãe que ama é aquela que cuida desde que se descobre grávida, que zela por uma vida dentro de si;
* Mãe que ama é aquela que traz ao mundo e luta para que isto ocorra da melhor maneira possível, dentro das suas possibilidades;
* Mãe que ama é aquela que mesmo abandonada não abandona seu bebê por nada, ou então abre mão de tudo para que ele tenha chances de uma vida melhor;
* Mãe que ama, cria, corrige, diz não, atera pirraças, perde a paciência...pore´m nunca perde a doçura, afeto, carinho, respeito;
* Mãe que ama, educa mas não bate ou espanca, conversa, debate e ás vezes até castiga, mas nunca humilha...
Antes de eu ser ser uma mãe que ama, eu me julgava incapaz de amar alguém mais do que a mim mesma, de sentir todo este amor materno que alardeiam por aí, acreditava ser incapaz de sentir esta incondicionalidade toda, sem sentir algum ressentimento por tamanha responsabilidade. Achava que nunca seria capaz de fazer sacrifícios que interferissem em meus planos, mas as coisas mudam...e como mudam...ainda bem#
Hoje vejo, como nossa visão prévia, de uma determinada situação poder mudar totalmente quando somos inseridas nela...não considero que sacrifiquei meus planos ou objetivos de vida por causa do Pedro, apenas adiei alguns, troquei outros, coisas que acontecem naturalmente com a chegada de um bebê ou não!
Nestes 14 meses com o Pedro Henrique em meus braços, sinto que o amo cada dia mais, sendo que quando ele nasceu, e o vi pela primeira vez, senti algo tão intenso que comom se algo muito bom me invadisse, explodisse dentro de mim, me enchendo de um sentimento indescretível!
Amor...amor...amor!!
Um amor que cresce a cada sorriso, que transborda a cada gargalhada, que me aquece a cada gesto carinhoso, que me ilumina a cada conquista compartilhada, que me orgulha a cada centímetro crescido. Amar um filho, não é o mais difícil, mas fazer este amor resistir e crescer a cada dia, isto sim é uma tarefa e tanto!
Amor que é provado a cada noite mal dormida, a cada madrugada que vemos nascer o sol, a cada choro sem motivo, a cada manhã que eu acordo exausta, a cada pirraça, a cada dia em que tudo o que desejo é descansar e não ter tarefa ou responsabilidade alguma, a cada cuidado que exige tudo de mim...
E diante de todas as provações sofridas, ao final do dia, quando ele finalmente dorme tranquilamente em minha cama, tudo fica insignificante diante do fato de:
* Olhar ele dormir e presenciar o respirar tranquilo e ritimado;
* De poder acariciar sua pele macia, de beijar as buchechas gostosas;
* De me aconchegar para dormir junto aquele corpinho e sentir um calorzinho gostoso;
* De amamentar e sentir o centro do universo dele, com aquele olhar amoroso cravado em mim;
* De saber que temos vividos da melhor maneira possível;
E principalmente por saber que tudo isto só é possível, por que um dia fui capaz de amar alguém que só conheceria depois de 9 meses e que mudou a minha vida definitivamente.
Todos os dias, penso em todas as decisões tomadas em minha vida até aqui, e decidir pelo Pedro porque foi e é pra toda vida!
Se foi fácil?
Não!
Se está sendo fácil?
Também não.
Queria ter o dom para traduzir de algum modod verdadeiro, todo o amor que sinto pelo meu filho, quando o vejo dormir ou quando o amamento, ou qdo brincamos, ou qdo ficamos na cama curtindo uma preguiça, ou qdo perco a paciência e respiro fundo para não extrapolar, tudo é motivo para cultivar este amor, e fazê-lo crescer a cada dia...
Pedro Henrique: amor que transcede todas as definições, que dói, que me alimenta, sufoca, que me faz crescer.
Amor de mãe?
Não sei.
Mas sei que é amor de Ana Lúcia pelo Pedro Henrique!
14 meses...
E isto é só o começo, com muito mais que vem por aí...
Aguardem!!
Beijos!
